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Rio das Pedras , SP, Brazil
Blog criado para compartilhar minhas experiências literárias.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

"Caixa de madeira falante" é novidade

Estão falando sobre um invento revolucionário: rádio. O que ele faz de tão extraordinário? Segundo estudiosos, ele irá mexer com as estruturas de toda uma nação. A invenção do rádio vai permitir a transmissão, sem fios, de sons, e à distância. Algo de outro mundo...



Um meio de entretenimento? Pode-se ouvir música, e o som pode chegar em vários lares, por meio de transmissão sem fios. A caixa radiotelefônica possui amplificadores e alto falante já acoplado à caixa.

A tecnologia para o rádio se desenvolve com as pesquisas de ondas eletromagnéticas no século 18 a partir dos avanços obtidos com o telégrafo e o telefone. Com ele será possível enviar uma mesma mensagem para centenas ou milhares de pontos de recepção.

O aparelho representa um marco na história, e um grande avanço dos meios de comunicação já existentes, sendo mais uma nova tecnologia voltada ao lazer e ao consumo da sociedade.

Segundo a professora de comunicação e letras da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Lenize Villaça, o rádio representa uma grande revolução, pois é possível unir meio de comunicação com educação, por meio das ondas hertzinianas. "É o primeiro meio eletrônico de comunicação, isso permite fazer história, e cria um marco na comunicação humana", reflete Villaça.

Crédito da imagem: reprodução do livro A Era do Rádio, Lia Calabre, 2002


O homem que revoluciona e transmite a voz humana

Roberto Landell de Moura é considerado o pai brasileiro do Rádio. Pioneiro na transmissão da voz humana sem fio, sua primeira experiência no estudo da propagação do som, da luz e da eletrecidade acontece em São Paulo, em 1893.

Padre gaúcho Roberto Landell de Moura

Rádio no Brasil

Espanto e curiosidade, o rádio chega ao Brasil

07 de setembro de 1922

População brasileira conhece o rádio

Quem esteve lá não vai se esquecer da cara de espanto das pessoas, já que por meio do rádio não é possível vê-las. Não foram apenas os festejos do Centenário da Independência Brasileira que se foi comemorado, mas também a primeira transmissão radiofônica no Brasil.

O presidente da República, Epitácio Pessoa, discursou e teve sua voz transmitida por um sistema de radiotelefones em forma de cornetas, juntamente com trechos da ópera O Guarany, de Carlos Gomes, no Teatro Municipal. O som do evento foi captado no Palácio Monroe, no palácio do Catete, nos ministérios, em Niterói e na prefeitura de Petrópolis.

20 de abril de 1923

Primeira emissora de rádio no Brasil é do Rio de Janeiro

A Rádio Sociedade do Rio de Janeiro é a primeira emissora de rádio do país, que será organizada graças aos esforços de Edgar Roquette Pinto e Henrique Morize. A finalidade do rádio será cultural e educativa, e serão transmitidas óperas, músicas eruditas, e textos instrutivos.

1935

Assis Chateaubriand inaugura rádio

A rádio Tupi do Rio de Janeiro é a primeira emissora de rádio do grupo dos Diários Associados, de propriedade de Assis Chateaubriand.

Rio de Janeiro, 28 de agosto de 1941

Rádio Nacional transmite Repórter Esso

O primeiro a dar notícias

Acaba a leitura de textos no rádio. O Repórter Esso surge para ser a testemunha ocular da história.

Com modo próprio de falar e escrever para o rádio, o novo telejornalismo promete revolucionar as notícias, com vinheta de abertura de Pixinguinha e regida pelo Maestro Haroldo Barbosa.

Novos tempos para o rádio brasileiro

A audiência do rádio está sendo dividida com a imagem. Sim, com a imagem. A população agora está se voltando aos encantos não apenas do som, mas às imagens que a televisão proporciona.

Grandes novidades do rádio, como as radionovelas, os programas humorísticos, de calouros e o Repórter Esso, estão sendo transferidas para a televisão, que aos poucos vai colocando um fim aos "anos dourados" do rádio.

Segundo a professora de comunicação e letras Lenize Villaça, o rádio está esvaziado e sem rumo devido à migração para a televisão de seu elenco e funcionários. Para ela, no entanto, isso tem um lado positivo, pois permite que o rádio saia da "zona de conforto" e pense em novos formatos e programas.

Segundo o jornalista e mestre em comunicação e mercado, Álvaro Bufarah, um dos maiores problemas que o rádio enfrenta é a urgência para a melhora da qualidade profissional. É necessário melhorar a estrutura e a formação profissional, além de maior investimento profissional, observa Bufarah. “As pessoas se preocupam em inventar o que já tem, elas têm que se preocupar em fazer rádio, simplesmente”.

Devido a censura imposta pelo regime militar e o crescimento da audiência da televisão, o Repórter Esso chega ao fim. Ouça a última, e emocionante, transmissão radiofônica do Repórter Esso.


De volta ao presente...

Atualidades do rádio: convergência, interatividade, entretenimento, rádio digital e sobrevivência

Ao pensarmos nos Anos Dourados do rádio brasileiro - programas de auditório, radionovelas, músicas, radiojornalismo, somos remetidos a uma época nostálgica que deixa saudades até para quem não a viveu.

Hoje a discussão é sobre convergência de mídias. Não apenas no rádio, mas com todos os meios de comunicação. A convergência permite que todos os meios sejam distribuídos e apresentados em uma única plataforma, como é o caso dos computadores e dos celulares. Isso demanda transformações profundas na forma como as pessoas consomem notícias, e como interagem com elas, além de outras séries de discussões sobre o polêmico assunto.

Outro assunto bastante abordado é a questão da interatividade e do entretenimento. O rádio trabalha bastante tais questões. "O entretenimento é trabalhar com ouvintes, com premiações e brindes, mas a questão de interatividade é pouco trabalhada, pois demanda uma mão dupla de comunicação entre emissor e receptor, e isso não acontece no Brasil", diz a professora Lenize Villaça. Para Álvaro Bufarah, trabalhar com entretenimento no rádio perde-se em qualidade para se ganhar num "sistema pastelão", o que a gente chama tecnicamente de vitrolão. Ele acredita que os rádios tenham muita música e pouco conteúdo efetivo, e é isso que ele chama de entretenimento.

Rádio digital é um assunto também considerado pelos profissionais. Para a professora Lenize, quem sai ganhando com essa proposta é o rádio AM, principalmente no que se refere à melhora do som, pois no Brasil não se discute ainda a questão de se trabalhar com interatividade no meio digital do rádio. Álvaro também avalia que com a implantação do rádio digital no país as rádios AM são benefiadas, pois a qualidade do áudio é ruim, e ostenta um perfil de ouvintes mais velhos.

Já sobre a discussão sobre o desaparecimento do rádio em virtude da força da internet, Álvaro acredita que isso não ocorrerá na atual concepção em que o rádio se encontra, mas sim que deverá migrar para uma nova plataforma. A profissional Lenize também acredita que o rádio não vá desaparecer, devido à realidade brasileira, limitada ainda a uma pequena parcela da população que tem computadores e acesso à internet. "Na minha opinião o radio não vai morrer, por conta das classes sociais existentes no Brasil (A,B,C,D,E); Ele não vai sumir, ele tende a se modernizar", acredita Villaça.


Álvaro Bufarah faz uma análise sobre o rádio na web:

Bufarah fala sobre a interatividade no rádio no Brasil:


Novo invento encurta distâncias

1876

Falar com alguém distante agora é fácil. Não precisa mais ir até a pessoa, basta que pegue o aparelho, que é uma invenção novinha em folha, e assim poderá ouvir o outro, onde quer que esteja.
Quatro décadas depois da invenção do telégrafo, o telefone é criado por Alexander Graham Bell, para trazer mais facilidade na comunicação entre as pessoas. O aparelho transmite som por meio de sinal elétrico, sendo ligado a uma central telefônica.

Como funciona o aparelho por dentro
Com o telefone as vibrações da voz humana são transformadas em um fluxo de elétrons e recompostas, na sequência, na forma de som. Assim, ao falar, uma pessoa faz vibrar uma membrana metálica colocada junto a um pequeno recepiente repleto de carbono granulado submetido a uma corrente elétrica, segundo Ferraretto (2000).



Alexander Graham Bell

“Meu Deus, isto fala!”, espanta-se de D. Pedro II ao segurar a invenção de Graham Bell pelas mãos, e ouvi-lo declamar Shakespeare, na exposição em comemoração ao centenário da independência dos Estados Unidos, na Filadélfia. Telefone de Graham Bell


Graham Bell não é o verdadeiro inventor do telefone


Foi descoberto hoje que o verdadeiro criador do telefone é Antonio Meucci, que o criou devido à necessidade de comunicar-se com sua esposa, uma mulher doente e acamada em seu quarto, no andar superior de sua casa. Com o aparelho, Meucci pode se comunicar com ela e continuar trabalhando em seu laboratório, no andar térreo.


Antonio Meucci, o verdadeiro inventor do telefone, que o caracterizou como telégrafo falante

Com dificuldades financeiras, Antonio Meucci consegue pagar apenas a patente provisória de sua invenção, vendendo o protótipo a Graham Bell, que patenteou-a como sendo sua.

Reconhecida invenção de Antonio Meucci

11 de junho de 2002


O telefone, invento criado por Antonio Meucci para facilitar a comunicação com pessoas distantes, foi reconhecido pela Câmara dos Representantes dos Estados Unidos.


Crédito das imagens: reprodução

Vídeo retrata Graham Bell e Dom Pedro II, contando a história da invenção do

telefone




A tragetória do telefone


Congelar uma imagem

Os primórdios...
Um pouco da história...

A fotografia que é apresentada hoje percorreu muitas descobertas e experiências, desde quando Aristóteles viveu na Grécia Antiga e tinha conhecimento da produção de imagens através de passagem de luz por pequenos orifícios. No século XV a técnica já era usada por artistas famosos, como Leonardo Da Vinci, que anunciou o princípio da câmara escura, para esboçar pinturas.


1826 - O mundo conhece a fotografia

Esse verão foi registrado algo bem diferente do que todos estão acostumados a enxergar. Após muitos estudos sobre a gravação através da luz, a heliografia, o francês Joseph Nicéphore Niépce produz uma imagem da janela de sua casa, com a utilização de verniz de asfalto sobre vidro e uma mistura de óleos fixadores.


Hercules Florence - A descoberta da fotografia no Brasil


1830

O francês Hercules Florence, diante da necessidade de uma oficina impressora, inventa seu próprio meio de impressão, a pothographie. Fotografa atráves da câmera escura com uma chapa de vidro, usando assim um papel sensibilizado para a impressão por contato.



Link para consulta sobre a vida do pioneiro da fotografia, que viveu em Campinas, interior de São Paulo
http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/fevereiro2004/ju241pag12.html


Vídeo retrata a História da Fotografia:




Créditos das imagens: reprodução


De volta ao presente...

Qual o significado da fotografia?

O professor de filosofia e mestrando em filosofia, Daner Hornich, avalia a fotografia como sendo um fenômeno do mundo moderno, "mundo" esse que se industrializou e se notabilizou pelas revoluções técnicas e tecnológicas que se expressaram nas "novas" formas (técnicas e artísticas) de captar a existência do homem no mundo. "A fotografia continua a ser a expressão do "objeto da tecnologia", como é o caso do celular, um objeto de múltiplas possibilidades", diz Hornich.

Walter Lima, jornalista, doutor e professor da Cásper Líbero, considera que as mídias estão se convergindo, ao avaliar o surgimento das novas câmeras digitais nos Estados Unidos. Elas tiram uma foto, e nela já fica registrado a informação do local de onde foi tirada, além de data e horário. Isso é uma coisa fantástica e mostra como as câmeras digitais estão evoluindo, completa o jornalista. " A gente achava no começo que os GPS só serviam para indicar o caminho, mas olhem como ele entra em outro sentido, dentro da posição da mídia, da fotografia", diz Lima.



terça-feira, 28 de setembro de 2010

Telégrafo diminui distâncias

1844 - O início da operacionalização

A distância entre as pessoas parece diminuir. Fruto de quase um século de estudos, o norte-americano Samuel Morse desenvolve e cria o telégrafo, instrumento que transmite informações escritas de forma impressa ou pictórica, baseado em experiências sobre eletromagnetismo. O aparelho melhora a comunicação, transmitindo mensagens em longas distâncias, o que possibilita o aumento da velocidade de produção de notícias e se torna, assim, um grande meio de comunicação para a sociedade.

Para o estudioso Walter Lima, o telégrafo mexe com a relação entre tempo e espaço do ser humano, destacando que é o primeiro dispositivo tecnológico a obter tal façanha. "O código Morse é muito potente, pois uma pessoa não precisa mais se deslocar do lugar de onde está para ouvir uma transmissão", diz Lima.

Walter Lima fala sobre a grande revolução que o telégrafo significou para a distribuição das notícias em tempo real, no final do século XIX




Samuel Morse, criador do telégrafo



Telégrafo

Sinais telégrafos do código Morse, que levou o nome de seu inventor.

Crédito das imagens: Reprodução


A imprensa e seus maiores acontecimentos noticiados

11 de setembro de 1823

Jornalista e criador do Correio Braziliense, Hipólito da Costa, morre em Londres aos 49 anos.

O criador de Correio Braziliense, também conhecido como Armazém Literário, era responsável pela pesquisa, escrita, tradução e edição do material que inseria no Correio.
O jornal, que era dirigido ao mundo luso-brasileiro, escrito em Londres e importado para o Brasil, possuia as seções de Política (com informações de documentos oficiais); Comércio e Artes (com informações sobre o comércio); Literatura e Ciências (com notícias e críticas sobre obras científicas); Miscelânea (com assuntos diversos); Notícias do Brasil e Portugal.
O Correio Braziliense foi favorável aos princípios liberais, ao fim do trabalho escravo e à liberdade de opinião.



Lápide no Jardim do Museu da Imprensa, em Brasília/DF

31 de dezembro de 1822

Chega ao fim a Gazeta do Rio de Janeiro

Após 7.495 páginas de informação, chega ao fim a publicação da Gazeta do Rio de Janeiro.

09 de setembro de 1808

Será publicado amanhã o primeiro jornal do Brasil: Gazeta do Rio de Janeiro


A Gazeta do Rio de Janeiro contará com conteúdo variado, além de anúncios, notícias do exterior e das províncias, capítulos de novelas e assuntos de natureza comercial e cultural.

Os exemplares serão vendidos na casa do mercador de livros Paulo Martin Filho, no fim da rua da Quitanda, ao preço de 80 réis.

A proposta do jornal, que tem como redator o frei Tibúrcio José da Rocha, servidor da Impressão Régia, será fazer um jornal semanal, que com o tempo de veiculação se tornará trissemanal.

1808

Impressão tipográfica chega ao Brasil

Depois de percorrer a Europa, Inglaterra, França, Portugal e Espanha, a tipografia chega ao território brasileiro e aqui se instala, com a ajuda da família real portuguesa. A primeira casa de impressão do Brasil, Impressão Régia, irá fazer impressões de alvarás, sermões, livros, cartas de baralhos e as mais diversas obras.

Janeiro de 1746

Instalada primeira oficina completa de tipografia no Brasil

A convite do governador do Rio de Janeiro, o português Antônio Isidoro da Fonseca instala oficina no Rio de Janeiro que imprime folhetos e livros. O interesse do governador é estimular a vida intelectual da cidade.

Maio de 1747

Governador do Rio é ordenado por Lisboa a fechar tipografia

O período colonial não permite que textos escritos no Brasil sejam impressos fora da Europa. Em virtude do fato, as autoridades de Lisboa ordenam que a tipografia seja fechada hoje.

1455

Técnica revolucionária deixa igreja em xeque

Com o intuito de expandir a impressão de livros, Johannes Gutenberg cria a prensa do tipo móvel de metal - mais durável e resistente, se comparada à prensa inventada pelos coreanos.


Embora a invenção já tenha sido explorada pelos chineses e coreanos na Antiguidade, a invenção é revolucionária porque utilizará tinta a base de óleo, que permitirá maior aderência na prensagem, ao invés da tinta à base de água. Esse método é mais duradouro e resistente do que os já existentes, em madeira. A invenção permite a produção em massa de livros e jornais e tenderá a transformar a cultura ocidental.
A igreja está mostrando preocupação com a invenção, pois Gutenberg está permitindo a expansão do conhecimento, como diz o
jornalista e pesquisador, Walter Lima. "A prensa está sendo revolucionária, pois está levando a um fator social histórico, que é a ruptura entre a igreja e Estado. Isso é monumental", diz Lima. O jornalista Ricardo Anderaos observa que a imprensa está possibilitando a difusão da informação impressa, mesmo nesse momento, para um número restrito de pessoas. "Se você acompanhar a informação escrita, exige que a pessoa tenha um grau de atenção e de preparação, para poder absorver essa informação", avalia Anderaos.

Definitivamente, com a invenção do gênio Gutenberg, o mundo nunca mais será o mesmo. Livros contados aos milhares estão dando lugar a poucas centenas de livros copiados à mão.

Página da Gênesis, da bíblia de Gutenberg (Meggs, 1983)

Prensa de Gutenberg















Crédito da imagem: Reprodução


Walter Lima, jornalista, professor e Doutor em Jornalismo Digital, discute a importância de Gutenberg para a evolução tecnológica e a expansão do conhecimento



De volta ao presente...

Discussões sobre o papel e a imprensa

Pensarmos no impresso hoje nos faz refletir sobre vários assuntos emergentes na atualidade. Primeiro, a questão do papel. Em um mundo em que se discute a questão da sustentabilidade e da preservação dos nossos meios naturais, em que se discute questões ecológicas, como pensar em indústria de papel?

"A indústria da produção de papel é uma das indústrias mais violentas no sentido químico que existe; ecologicamente, nem precisa dizer, além da tinta", avalia o jornalista Walter Lima. Segundo ele, a logística do transporte do papel também custa caro, tanto que, para distribuir um jornal na cidade de São Paulo, a cada dia sua edição tem que fechar mais cedo, caso contrário não se conseguirá distribui-lo. Todo esse processo é bastante custoso.

"Eu estou em qualquer lugar, a baixo custo, e em tempo real", explica Lima, referindo-se ao que é digital e comparando-o ao que é impresso. E acrescenta que o impresso não deve morrer, como muito se é discutido, mas que deverá ir pra outra plataforma. "O que vai morrer é o papel, mas a linguagem dele não", diz.

Para o futuro do impresso, ele acredita que teremos uma plataforma flexível que poderemos acessar no metrô, dentro de um táxi, e que será carregada via wireless.

A jornalista Nancy Ramadan acredita que os meios tradicionais, como o papel, estão perdendo cada vez mais leitores para a web, e que isso só tende a crescer. Ela também não vê expansão para o impresso devido ao problema ecológico, e diz que a geração nova já vem habituada com a leitura em tela. "É um local também que se pode mais rapidamente comentar alguma coisa, enviar para outras pessoas", analisa Ramadan.

Já o jornalista e diretor do E-Band, do Grupo Bandeirantes de Comunicação, Ricardo Anderaos, acredita que essa discussão do fim do impresso seja uma grande bobagem, pois o jornal tem grande expressão desde a Revolução Francesa. " O que acontece é uma dieta de mídia. Hoje em dia você acorda com o seu despertador, que é seu telefone celular e seu rádio também; aí você já começou sua dieta de mídia. Você pega seu jornal no café da manhã, depois vai pro trabalho, onde você pode estar ouvindo um rádio ou assistindo a uma tv digital. Daí você chega no trabalho e conecta o computador... Enfim, ao longo do dia você tem diversos veículos que se interagem de uma determinada forma, e todos eles se complementam", reflete Anderaos. Para ele, temos que pensar que todas as mídias se acumulam, e temos que buscar a interação entre esses veículos e meios. Aí está o desafio.

A jornalista Nancy Nuyen Ramadan fala sobre as dificuldades de se fazer jornalismo antes da era da internet.


segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Notícia nova e "fresquinha", o início



Fred Flinstones e o seu jornal de pedra, retratado em 1.040.000 A.c, época em que vivem os personagens.

Século I - 59 a.C

Textos redigidos e divulgados ao povo e ao senado são atualizados com frequência

O imperador romano Julio Cesar determina, a partir de hoje, que a Acta Diurna, documentos oficiais de Roma gravados em tábua de pedra, sejam atualizados e fixados na cidade com maior frequência. Os textos tratam de sucessos militares, nascimentos, casamentos, óbitos, nomeações de funcionários e eventos ordenados pelo ditador.


Julio Cesar

Século XIII - 713 d.C

Notícias diversas
é o primeiro jornal feito de papel


China revoluciona. O primeiro jornal feito de papel, Notícias Diversas, é publicado como um panfleto manuscrito, em Kaiyuan, Pequim, China.



Papiro (papel feito a partir de planta da família cyperaceas, de folhas longas e fibrosas):

Pergaminho (Pele de animal - cordeiro, bode, vitela, plantas orientais ou trapos, usados para escrever):


Créditos das imagens: Reprodução


Livro sugerido para leitura:

Título: Os Senhores de Roma - César


Autor: Allan MassieAno: 2000

Editora Ediouro










O Livro relata a vida cheia de poder, traição, sexualidade, e os acontecimentos na vida de César, além de retratar a Roma antiga.

Escrita, alfabeto e o início de tudo

O presente

Para entender a escrita, o alfabeto e todos os caminhos por onde as mídias passaram, é fundamental saber onde surgiram, como começaram, seus primórdios.
Tudo se inicia com a pré-história, que antecede a invenção da escrita. Segundo o professor universitário de filosofia, mestre e doutorando em filosofia, Daner Hornich, uma das questões mais importantes para os homens da pré-história era o som que se encontrava na natureza. "Ao ser abstraído pelo "imaginário humano" se transformou em linguagem no decorrer do desenvolvimento e da evolução do homem", diz Hornich.

Quanto aos motivos que levaram os homens da pré-história a se desenvolverem e se evoluírem, o professor destaca os instrumentos que utilizavam, após manipularem os "utensílios" e outros objetos, que são expressos nos símbolos da linguagem. "Os homens, ao manipularem os utensílios, dominaram "técnicas" que possibilitaram saltos biológicos (cérebros e mãos) e sociais (símbolos e linguagens)", analisa Daner.

Daner reflete sobre o problema da escrita, hoje, ao argumentar que ela foi e ainda é um poder simbólico e instrumental nas mãos dos homens, como meio de manipulação e dominação do imaginário e concreto das relações humanas. " A aprendizagem da escrita é a expressão concreta e simbólica da emancipação dos homens dos domínios da tirania, diz.


Um pouco da história... (voltando ao passado...)


Esculturas

As esculturas da época tinham relações com animais, como mamutes, renas e cavalos, e desmonstravam que os homens das cavernas realmente existiam e que deixaram suas pinturas para serem encontradas.



Homens das cavernas

Os homens das cavernas eram nômades e faziam uso de utensílios feitos a partir da pedra lascada, no período conhecido como Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada. O domínio do fogo e o desenvolvimento da agricultura foram avanços importantes no Período Mesolítico, quando eles começaram a se organizar em tribos. O desenvolvimento da metalurgia teve um importante papel no período que compreende o Neolítico ou a Idade da Pedra Polida, quando o homem começou a elaborar instrumentos de trabalho e armas, possibilitanto a divisão da sociedade em classes sociais.




3000 a.C
Início da história

O desemvolvimento da economia e da sociedade impulsionam o surgimento da escrita pelos sumérios. Após criarem a escrita cuneiforme, desenvolvem a escrita silábica para representar a língua falada.

Escrita cuneiforme


Hieróglifo de uma estela funerária egípcia

Junto com os hieróglifos egípcios, a escrita cuneiforme é o primeiro tipo reconhecido de escrita.





Século XIII a VI a.C

Hoje você só está aqui graças ao que acaba de ser inventado: o alfabeto

Povo fenício descobre uma nova forma de se comunicar

Surge no Oriente Médio, nas cidades de Biblos e Tiros, pela criação do povo fenício, o alfabeto. Graças a esta brilhante descoberta, esse humilde povo e os povos de outras localidades poderão se comunicar . Eles criaram uma nova forma de se comunicarem entre si, envolvendo a linguagem, mas não aquela com a qual estavam acostumados, e sim uma nova, onde cada símbolo representa uma consoante, com 22 sinais. Essa criação facilita os contatos comerciais que mantêm com diferentes povos.


Alfabeto Fenício









Do século V até o XXI


O alfabeto fenício deu origem a muitos outros, e após o seu surgimento vieram o hebraico, no Oriente Médio; o Árabe, na Arábia; o Grego, na Grécia; até chegarmos ao Latino, criado na Itália, no século V a.C, e ainda em uso em muitas línguas no mundo.


Alfabeto Latino

Alfabeto Grego



Alfabeto Hebraico




Alfabeto Árabe


Crédito da
s imagens: Reprodução